Um agradecimento especial à família Mundo Hidro, que além de apostar em formação de qualidade, também se preocupa com a VOZ dos seus formandos!
Momentos bem passados, com muito boa disposição à mistura!
Love your voice!
Mil e uma razões para Comunicar
Mil e uma razões para Comunicar é o espaço onde pode fazer isso mesmo: comunicar. Comunique, leia, pergunte, investigue, questione e conheça mais sobre esta área tão fantástica chamada Terapia da Fala.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Sessão aberta de Terapia da Fala
Uma excelente forma de esclarecer as suas dúvidas, sem compromisso e de forma gratuita, com um terapeuta da fala! Hoje, a partir das 14h00, na Academia Mentes Dotadas (em frente à EB 2/3 da Tocha). Contamos consigo!
quinta-feira, 31 de março de 2011
AVC: onde entra a Terapia da Fala?
Comemora-se hoje, 31 de Março, o Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral. A cada hora, dois portugueses morrem em consequência de um Acidente Vascular Cerebral e 50% dos que sobrevivem, ficam com limitações que comprometem significativamente a sua qualidade de vida. Estas limitações afectarão, não só a pessoa que teve o AVC, mas também todas as pessoas que constituem o seu círculo familiar e de amigos.
De entre as possíveis consequências de um AVC (e.g. motoras, psicológicas), as alterações da fala, linguagem, comunicação e deglutição são as que mais frequentemente levam à procura de um terapeuta da fala.
A afasia é uma alteração da linguagem que ocorre na maioria dos casos de AVC no hemisfério esquerdo (hemisfério dominante para a linguagem). Assim, e de forma muito simples, vários cenários podem ocorrer: a pessoa pode ficar com dificuldades em exprimir-se, em compreender o que os outros lhe dizem, ou ambos, variando o grau de gravidade de cada uma das situações. Acrescento que, contudo, uma pessoa com afasia não perdeu a sua capacidade cognitiva! Essa capacidade está mantida e a pessoa continua tão inteligente quanto era no momento anterior ao AVC, o que se alterou, foi a sua capacidade de utilizar/compreender a linguagem. A título de comparação, imagine que chegou a um país estrangeiro, cuja língua desconhece e onde ninguém fala a sua língua: manteve-se inteligente, consegue fazer os movimentos necessários à fala, mas simplesmente não reúne no seu cérebro as bases da linguagem que lhe permitiriam comunicar com os falantes desse país.
A afasia pode ocorrer concomitantemente, ou não, com alterações da fala. As alterações da fala isoladas (disartria e/ou apraxia) surgem quando o AVC lesou uma das áreas motoras responsáveis pelos movimentos dos músculos orofaciais (e.g. lábios, língua, bochechas, mandíbula). Esta lesão causará uma dificuldade em efectuar e/ou coordenar os movimentos necessários à fala, comprometendo a capacidade de se expressar através dela.
Nas situações de afasia, o terapeuta da fala intervirá directamente ao nível das dificuldades encontradas e promovendo a capacidade de comunicação, através do ensino, treino e partilha de estratégias comunicativas com o paciente e a família/amigos.
Depois de compreender porquê que a fala pode ficar alterada depois de um AVC, será fácil perceber por que motivo também a capacidade deglutição se poderá alterar – as estruturas que utilizamos para deglutir, são comuns às estruturas que usamos para falar. Cerca de 51% a 71% das pessoas que sofreram um AVC ficam com perturbações da deglutição (disfagia). Podem, então, surgir dificuldades na mastigação, no encerramento dos lábios mantendo a comida dentro da boca, nos movimentos da língua necessários para envolver o alimento, no reflexo de deglutição (não conseguir engolir), nos movimentos da faringe necessários para levar o alimento para o esófago, podendo ocorrer ainda regurgitação nasal (saída de alimento pelo nariz). As duas principais consequências para o bem-estar da pessoa, estendem-se para além do facto de esta não conseguir obter prazer através da alimentação. Se por um lado o estado nutricional e de hidratação fica comprometido, existe o risco de o alimento entrar nos pulmões (aspiração pulmonar), causando pneumonias de aspiração graves, que nos casos mais graves levam à morte. Torna-se, portanto, essencial que todas as pessoas que sofreram um AVC sejam avaliadas por um terapeuta da fala especializado em disfagia (perturbações da deglutição), de forma a excluir os riscos mencionados, e garantir uma recuperação mais rápida.
Cuide bem de si e sorria, é possível prevenir o AVC! Aqui ficam algumas dicas:
- Mantenha uma dieta saudável, garantindo que o seu peso se encontra dentro dos limites esperados – excesso de peso aumenta o risco de AVC;
- Seja activo – a actividade física regular pode ajudá-lo a controlar o peso e níveis de colesterol e pressão sanguínea dentro do normal;
- Evite fumar – o tabagismo aumenta o risco de AVC;
- Limite a ingestão de álcool;
- Conheça os sinais e sintomas de AVC e em qualquer caso de suspeita, contacte o 112;
- Se tem antecedentes familiares, redobre a sua atenção, monitorizando a sua pressão sanguínea, os níveis de colesterol e glicémia regularmente.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Compreendendo o desenvolvimento “normal” da linguagem e da fala do meu filho
Dúvidas sobre quando recorrer a um especialista são muito frequentes entre os pais de crianças que começam a falar tardiamente. A menos que tenham observado desfasamentos noutras áreas durante o desenvolvimento precoce, os pais podem hesitar em procurar o aconselhamento de um terapeuta da fala. Muitos podem dizer a si próprios que o filho alcançará a fala dos pares com o tempo ou que o filho não fala porque se interessa por “coisas mais físicas”.
Saber o que é “normal” e o que não é no desenvolvimento da linguagem e da fala pode ajudá-lo a perceber se deve ficar preocupado ou se o seu filhote está dentro dos parâmetros esperados.
- Antes dos 12 meses
Nesta fase, os bebés devem também estar atentos aos sons e começar a reconhecer nomes de objectos/entidades comuns (e.g. bola, mamã, mano). Bebés que observam atentamente o ambiente, mas que não reagem ao som, podem estar a demonstrar um sinal de perda auditiva.
Nesta altura, o seu filho deve também ser já capaz de compreender e seguir ordens simples, com uma instrução (e.g. Dá-me a bola, por favor.)
- Dos 18 aos 24 meses
Por volta dos dois anos, as crianças começam a combinar duas palavras para formar frases muito simples, como “bebé chorar”. Nesta idade devem ser capazes de identificar objectos comuns, indicar algumas partes do corpo em si próprios e seguir ordens com duas instruções (e.g. Por favor, pega no carro e dá-mo).
- Dos 24 aos 36 meses
Também a compreensão deve aumentar, passando a compreender noções mais abstractas como “põe a boneca em cima da mesa” ou “põe a bola debaixo da cama”. Deverá também começar a identificar as cores e compreender elementos descritivos como grande e pequeno.
- Dos 36 aos 48 meses
- Dos 48 aos 60 meses
- Dos 60 aos 72 meses
Em termos de articulação, pode ainda ter dificuldades em palavras com grupos consonânticos (duas consoantes juntas, como em prato, brincar).
No fundo, crescer e adquirir a linguagem é uma aventura. Num grupo de crianças, umas escalam esta montanha mais rápido do que outras, mas todas devem escalar a um ritmo que lhes permita andar de mãos dadas com os seus pares. Em caso de dúvida, aconselhe-se com um terapeuta da fala, é para isso que eles existem!
No fundo, crescer e adquirir a linguagem é uma aventura. Num grupo de crianças, umas escalam esta montanha mais rápido do que outras, mas todas devem escalar a um ritmo que lhes permita andar de mãos dadas com os seus pares. Em caso de dúvida, aconselhe-se com um terapeuta da fala, é para isso que eles existem!
segunda-feira, 28 de março de 2011
O meu filho tem dois anos e não fala…
O seu filho tem dois anos e ainda não fala, embora diga algumas palavras muito raramente. Comparando-o com as crianças da mesma idade, tem a sensação de que ele está a ficar para trás. Ainda se recorda que, com a mesma idade, a sua filha mais velha já juntava algumas palavras e formava frases simples. Esperando que o seu filho consiga recuperar, hesita em procurar aconselhamento profissional… ”Afinal de contas, algumas crianças começam a andar mais cedo do que outras e também se deve passar o mesmo com a fala…Não há nada com que me preocupar.”
Este cenário é mais comum do que poderíamos pensar. Esperamos ansiosamente pelas primeiras palavras dos nossos filhos e pode gerar-se um motivo para ansiedade, desilusão e preocupação, se elas não surgem quando esperado. As boas notícias são que, na verdade, a maioria das crianças que “demoram” a falar, recuperam até aos dois anos, sem ajuda especializada. Cerca de uma em cada quatro crianças enquadram-se nesta situação - são os chamados “late talkers” (faladores tardios).
Mas afinal, o que esperar? Quando recorrer ao terapeuta da fala?
Não existe uma idade fixa pré-estabelecida para que uma criança comece a falar, é, contudo, geralmente aceite que por volta dos 18 meses surgirão as primeiras palavras. Antes deste acontecimento, é esperado que a criança faça barulhos, teste sons, à medida que vai adquirindo a linguagem e aprendendo a falar. Este balbucio inicia-se por volta dos 4 meses de idade.
Na altura do seu segundo aniversário, algumas crianças têm no seu repertório vocabular cerca de 200 palavras. Ainda assim, algumas crianças podem não falar de todo até aos três anos. Existem alguns sinais de atraso de desenvolvimento da linguagem a que os pais devem estar atentos, e, em caso de preocupação, devem procurar um terapeuta da fala. Antes de abordar esses sinais, é importante compreender as etapas padrão do desenvolvimento da linguagem, para saber exactamente o que esperar. Esteja atento ao próximo post!
sábado, 26 de março de 2011
Um dia na vida de um Terapeuta da Fala
Talvez a perturbação mais comummente associada à terapia da fala seja a gaguez (disfluência), na qual o terapeuta desenvolve um programa de exercícios no sentido de minimizar as dificuldades de fluência e, se necessário, sugere o acompanhamento por parte de um psicólogo. Claro está, que com a evolução da profissão e o surgimento de novas necessidades, os terapeutas da fala passaram a abranger muitas mais perturbações, resultantes, por exemplo, de perda auditiva, acidente vascular cerebral, traumatismo crânio-encefálico, paralisia cerebral, doenças degenerativas, entre muitas outras.
Actualmente, o terapeuta da fala é um especialista formado e treinado para diagnosticar e intervir nas perturbações da comunicação, linguagem, fala (articulação verbal, voz, fluência), motricidade orofacial e deglutição.
Os terapeutas da fala vão efectuando registos criteriosos sobre a avaliação e o progresso dos pacientes, o que lhes permite desenvolver e implementar intervenções individualizadas, baseadas também nas informações recolhidas junto da família e de outros profissionais (psicólogos, professores, terapeutas, etc). De facto, atendendo a que as perturbações da fala, linguagem e deglutição estão frequentemente relacionadas com alterações neurológicas, psicológicas e motoras, os terapeutas da fala têm de conseguir trabalhar e articular com uma equipa de profissionais muito vasta, que pode incluir outros profissionais de saúde como médicos fisiatras, neurologistas, pediatras, gastroenterologistas, psiquiatras e enfermeiros.
Faz também parte do trabalho do terapeuta da fala aconselhar o paciente e a família sobre a perturbação que apresenta e como lidar com ela no dia-a-dia. O terapeuta sugere, ensina e treina as famílias nas tarefas e técnicas que devem utilizar em casa, alterando comportamentos que impedem a comunicação.
Em todo este processo, os terapeutas da fala têm de compreender e criar empatia com pacientes e famílias que têm de gerir uma série de forças emocionais implicadas neste tipo de alterações.
Os terapeutas devem monitorizar o progresso dos pacientes, eliminando e adequando procedimentos que se demonstrem mais eficientes, consoante a evolução. A capacidade de tomar decisões fundamentada pode definir o sucesso ou insucesso de um plano de intervenção.
Embora o trabalho de um terapeuta da fala não seja fisicamente exigente, requer planeamento e análise meticulosos e constantes e, ainda que em alguns casos os progressos possam ser morosos, os resultados podem ser proporcionalmente recompensadores.
Subscrever:
Mensagens (Atom)